Não me olha assim,
Como se eu tivesse com defeito
Como se eu fosse uma doença genética incompatível com a vida
Como se os meus prazeres fossem inadequados
Como se o meu poeta fosse um amante sórdido, pouco charmoso, pai falho e inconsequente.
Não me olha…
Me olha!
Olha!
Não me fala assim,
Como se eu pudesse suportar o peso das memórias
Como se da sua boca eu pudesse receber a pior notícia
Imediata e irrevogável.
Por que eu posso.
Toma-me aquela chance que me deu dizendo
que poderia,
mas não queria existir num mundo onde não pudesse me amar.
Mas não me fala como se eu fosse
Inautêntica,
irreparável.
Não me fala…
Me fala!
Fala?!
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