Em casa, à mesa
pedindo-me para comer
para ficar ao teu lado.
Eu fico!
Entrelaço nas pernas
pele, pêlo, pescoço.
Conte-me teus desejos do fim do mundo
que te sirvo, cedo, repito.
Todos meus cantos são teus
tudo, grita o teu nome:
suspiros, gemidos, arrepios.
Entrego-te suor jovem e juízo
E lembro de onde minhas mãos realmente são úteis:
escrevendo!
Poemas, impressões
digitais, arranhões
sem medo ou sentenças
sem pressa ou correntes.
Rendo-me a um vocabulário
que em outras circunstâncias não saberia nem ao meio
Que outro, não o compreenderia.
Repara-me os traços
e os músculos trêmulos no meu corpo.
Viva, ao vivo, escrevo-te
à minha maneira
meu best seller da vida inteira.
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